Asas Abertas canta David do Pandeiro e promove encontro sobre enredo de 2018
O Departamento Cultural promove em nossa quadra no próximo dia 15 de julho a partir das 14h um encontro entre Recife, São Paulo e Rio. É a nova edição do Portela de Asas Abertas com muito samba de raiz, homenagem a baluartes da escola e tudo já no embalo do enredo para o próximo Carnaval.
A nossa carnavalesca Rosa Magalhães recebe o escritor Paulo Carneiro que vai estar na quadra para autografar o livro Caminhos Cruzados, que inspirou o enredo da escola para o Carnaval 2018, De Repente de Lá pra Cá e Dirrepente de cá pra lá. Ele vai fazer a aula-degustação da tarde, contando mais sobre a história dos judeus que saíram do Recife logo depois da expulsão dos holandeses no século 17 e tiveram participação na fundação da Nova York, nos EUA.
Em seguida, o Projeto Samba do Tempo do Onça faz sua apresentação. O grupo, idealizado por Ricardo Scotti, vai fazer cinco anos de militância na pesquisa e divulgação dos sambas de raiz e possui cerca de 15 integrantes, entre músicos, Dj e produção que militam nas rodas de samba e nas escolas do carnaval paulistano. No último dia 25 de junho, por exemplo, fez uma celebração às composições de terreiro da Portela em São Paulo. Sempre tendo o samba autêntico como parâmetro, eles também intepretam canções próprias.
Depois será a vez da rapaziada do Conjunto Praça XI , que vem atuando como parceiro do Departamento Cultural no Projeto Portela na Lapa, que acontece na segunda quinta-feira, a cada dois meses no Multifoco Bistrô (a próxima edição será em 10 de agosto). No repertório musical homenagens à Turma do Muro e ao baluarte da Velha Guarda Show, David do Pandeiro, que vai estar presente.
A Turma do Muro era formada por um grupo de sambistas que se reuniam nos arredores da rua Dona Clara, do lado oposto à Portela e tinha gente como Candeia, Casquinha, Waldir 59, Picolino, Bubu, Waderlei. Casquinha também confirmou presença no evento, onde vai receber a moção da Câmara Municipal conferida aos personagens da história portelense como parte da apresentação do projeto que sugere criar o Perímetro Cultural de Oswaldo Cruz.
O Conjunto Praça XI é um sexteto, que se dedica à pesquisa e execução de sambas dos antigos compositores das escolas de samba e da época de ouro do rádio. O repertório é majoritariamente composto de sambas de terreiro (ou de quadra), mas também conta com sambas de enredo dos primeiros tempos das escolas.
Para Wagner de Almeida, a parceria com o Departamento Cultural da Portela tem sido de grande importância para o grupo. É a única escola, entre as tantas exaltadas por nós, que abre espaço e apoia as iniciativas do conjunto, além de valorizar a própria história da agremiação e de seus personagens, fundamentais para a consolidação do samba e de toda cultura que o cerca.”
Assim como na última edição do Portela de Asas Abertas, a quadra receberá uma Feira de Afroempreendedores. O Centro de Memória também estará aberto para quem quiser visitar a exposição Os Sabores da Portela, sobre a relação entre samba e as diversas iguarias culinárias que são tão ligadas às escolas, como a Feijoada, sopas, galinhada. “Cada vez mais, a gente quer que o Asas Abertas seja um evento multimídia, que integra diversos meios de transmissão da cultura portelense”, afirma Rogério Rodrigues, diretor do Departamento Cultural.
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