Portela de Asas Abertas relembra Clementina de Jesus
O Departamento Cultural realiza no dia 21 de julho a partir de 15h edição do Portela de Asas Abertas dedicada à Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, cujo dia internacional é celebrado em 25/7, e personificada na figura bem brasileira de Clementina de Jesus, a Rainha Quelé.
Nascida em Valença, em 1901, num reduto tradicional de jongo, Quelé era filha de lavadeira e de um capoeira. Aos 8 anos de idade veio morar na capital. “As pessoas que a identificam mais com a Mangueira, não se lembram de que o primeiro endereço de Clementina no Rio foi em Osvaldo Cruz, onde ela acompanhou a formação da Portela”, ressalta o diretor Cultural da Portela, Rogério Rodrigues.
A parte musical ficará por conta de dois grupos femininos. O primeiro a tocar será o projeto das Herdeiras do Samba, que reúne filhas de baluartes da Ala de Compositores da Portela – Geisa Kéti, Selma Candeia, Monica Trepte, Eliane Duarte, Eliane Faria. O repertório da Roda de Samba valoriza a herança que representam.
Em seguida, apresentam-se Vanessa Reis, Chris Mendonça, Simone Costa, Yasmin Alves e Gisele Sorrisoque compõem o coletivo Operárias do Samba. São instrumentistas, cantoras, fotógrafas, produtoras e DJ, egressas de diversos movimentos de samba do Rio, com a proposta de evidenciar que samba também é lugar de mulher. Para o Asas Abertas, elas convidaram a neta de Clementina Vera de Jesus para fazer uma participação.
O repertório circula entre obras consagradas por vozes femininas. Além de sucessos de Clementina de Jesus, elas cantam Dona Ivone Lara, Clara Nunes, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Leci Brandão, Manu da Cuíca entre outras. Além de composições de Zé Keti, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa, Cartola, Paulo César Pinheiro, entre outros.
Como já é tradição nas edições do Asas Abertas, o público presente poderá adquirir os produtos da Feira de Empreendedores e comprar artigos do Cultural para ajudar na realização dos projetos do departamento. As pastoras da Portela também estarão vendendo seus quitutes como caldos, pastéis e os disputados bolinhos de feijoada.
Haverá também a opção de ingresso social – 2 (dois) pacotes de absorventes que serão doados para presidiárias por meio do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio de Janeiro ou 1 (um) pacote de fraldas tamanho G para um recém-nascido, filho de uma integrante da comunidade portelense, que infelizmente faleceu no parto.
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