A Portela nos anos setenta e o presente, 1970
Por Marcello Sudoh, presidente do Consulado da Portela no Japão
Em 1970, a Portela conquistou seu 19° título consolidando-se como a escola que mais venceu o Carnaval Carioca. Comandada por Natal e Armando Passos, a agremiação havia saído do seu reduto em Oswaldo Cruz e Madureira, para ensaiar em Botafogo, atraindo um novo perfil de torcedor.
A decisão gerou críticas de alguns setores da Escola, mas fez o portelense entender a nova realidade daquele período, ou seja, que a torcida da Portela já havido rompido as fronteiras dos dois bairros do subúrbio carioca.
Assim, a oportunidade levou os portelenses a ouvirem a sua Velha Guarda, transformada em “conjunto show” naquele 1970 e, paralelamente, absorverem novas ideias e práticas que possibilitariam a agremiação a direcionar parte de seu sucesso para o incentivo e a produção de “cultura de massa”.
Foi dessa forma que a Portela – então campeoníssima e olhando para o futuro – fortaleceu seu Departamento Cultural lançando mão do magnífico potencial humano e artístico de seus componentes para a realização de atividades envolvendo cinema, teatro, literatura, música e artes plásticas. Se beneficiaram dessas atividades todos os cariocas, mas também os próprios portelenses.
Passados 49 anos daquele período, vemos o GRES Portela retomar o caminho onde a tradição, viva em seus baluartes e segmentos, dá a mão à novas atividades culturais que valorizaram sua comunidade e preparam aqueles que chegam à agremiação.
O trabalho realizado no início daquela década de 70 foi reportagem da revista Manchete, que reproduzimos abaixo.
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